24 de fev. de 2010

Ceia de Natal por R$ 50,00??



É possível ter uma Ceia de Natal  para quatro pessoas gastando apenas R$ 50,00!!!

Confira!!!

23 de jun. de 2009

Derretidos

Além de queijos e vinhos, outros pratos bem consumidos em tempos mais friorentos são o fondue e o raclete - esse ainda pouco conhecido pela maioria das pessoas.
A fondue é de origem suíça, tradicionalmente à base de queijo aquecido em panelinha sobre uma lamparina ou outra fonte de calor pouco intenso e do qual as pessoas se servem diretamente. Trata-se basicamente de uma mistura de queijos derretidos (normalmente Gruyère e Emmental) com vinho branco para mantê-los líquidos. Fécula sem sabor evita que os ingredientes se separem, enquanto o alho e o kirsh conferem um sabor especial.
O prato é mantido aquecido à mesa e nessa mistura os comensais vão mergulhando com espetos ou garfos próprios pedaços de pão, pequenas batatas cozidas, cubos de cenoura, nacos de carne, camarão cozido ou vários outros ingredientes que o gosto particular desejar. Além da fondue de queijo existem algumas outras variações, como a fondue de carne e a de chocolate - essa para sobremesa. No caso, morangos, pedaços de pêra, uvas, damascos secos, figos em calda e outras frutas é que serão mergulhadas no chocolate especialmente derretido. Há ainda a fondue chinesa, feita à base de carnes, peixes e legumes fervidos num caldo de carne com diversas especiarias.
A região de origem da fondue não é totalmente conhecida, mas a receita mais antiga encontra-se num livro de cozinha escrito em Zurique em 1699. Contrariamente à crença popular, não teria sido inventada por pessoas vivendo nos alpes suíços. Nessa época o queijo usado na fondue era caro, o que significa que não estaria ao alcance da maior parte de pessoas vivendo nas montanhas. Na década de 1950 a fondue entrou nas cozinhas do exército suíço, tornando-se assim conhecida dos soldados que levaram esta receita para suas casas. Até hoje a preparação da fondue é considerada como uma "coisa de homem" na Suíça.
A iguaria ganhou fama internacional na década de 50, quando o chefe Conrad Egli, do restaurante Chalet Suísse, em Nova Iorque, passou a servir o prato. Para complementar criou a fondue de chocolate, que servia de sobremesa. Hoje na maioria dos supermercados já é possível encontrar misturas prontas para a fondue, bastando apenas derretê-la na panelinha apropriada. É perfeita para um jantar romântico de casais e também para uma reunião informal - porém elegante - entre amigos, sempre regada a bons vinhos.
Já o raclete é feito com queijos grelhados, guarnecidos de frios e outros acompanhamentos. O termo raclete tem origem na palavra francesa “racler”, que significa raspar. Foi junto aos camponeses suíços que nasceu o raclete, há mais de um século. No início os camponeses prendiam um pedaço de queijo na ponta de um garfo comprido, o aproximavam do fogo e quando começava a derreter raspavam com uma faca e colocavam sobre um pedaço de pão. Como metade do ano estas regiões possuem temperaturas muito baixas, quase sempre isto era degustado junto a um bom vinho.
O queijo ideal para o raclete leva o mesmo nome do prato, porém como é difícil achá-lo aqui no Brasil pode ser substituído pelos queijos Gruyere, Fontina ou ainda o Tilsit. Como no caso da fondue, o raclete também é um prato coletivo e de reunião, já que as pessoas se juntam em volta da mesa e cada um vai preparando seu queijo e montando seu prato. Para grelhar o queijo pode ser utilizada uma chapa, frigideira grossa ou um réchaud, desses geralmente feitos em aço inox e que mantém as comidas quentes nas festas, bufês e restaurantes.
Então nesse Inverno não há desculpa para não reunir os amigos numa aconchegante noite festiva, repleta de comidinhas e bebidinhas gostosas. Alternativas charmosas e deliciosas às onipresentes cerveja gelada e porção de batata frita tão comuns praticamente em todos os outros dias do ano.

DICAS
. Utilize cubinhos de pães com casca crocante: pão ciabatta, baguete;
. Diversifique o sabor da sua fondue com uma pitada de gorgonzola;
. Deixe sua fondue mais cremosa utilizando queijo fundido cremoso.

14 de mai. de 2009

NA BRASA


O brasileiro é e sempre será grande consumidor de carne, bovina principalmente. O churrasco de final de semana é uma tradição nos lares brasileiros e cada um tem os seus truques e macetes na hora de escolher a carne considerada ideal, temperá-la e prepará-la na grelha com carvão em brasa.
Há quem goste de colocar todos os temperos possíveis: pimenta-do-reino, ervas, vinho tinto ou cerveja, alho, colorau, shoyo...; já os especialistas em carne grelhada e aqueles de paladares mais puristas acrescentam só sal, grosso, e mais nada. E antes de salgar, ainda dão uma selada na carne para preservar seus sucos, pois o sal colocado de imediato libera líquidos preciosos que acentuam seu sabor. Confesso que sou um desses fãs de churrasco. Mas prá mim a carne tem que ser macia e no ponto, quase para o mal passado. Abomino e tenho raiva de carne dura, por mais saborosa que possa ser. E convenhamos que uma carne esturricada e preta de tão queimada é um desgosto gastronômico.
Antigamente a maioria das pessoas na hora de fazer o churrasco tinha o costume de picar a carne em cubinhos, e o espeto quase sempre era uma simples tira de bambu apontado. As carnes consumidas não eram de tantas variedades como hoje porque, acredito, não havia especialidades de cortes. Que dizer, muitas das carnes sofisticadas de hoje iam juntas em pedaços generalizados, o que resultava em churrasco onde encontrar um naco mole no meio de tanta dureza era uma questão de sorte e não de opção. Costela era onipresente, mas não assada em horas e até dia como atualmente, assim como ponta de peito era popular. Mas também comia-se alcatra e linguiça, muita linguiça, e, engraçado, não se usava frango nem legumes de acompanhamento e guarnição, só uma maionese básica, pão, molho e mandioca cozida. Mesmo carne de carneiro, apreciada bastante hoje, era limitada ao consumo por parte de descendentes de árabes, turcos e de outros povos orientais.
Com a abertura de mais açougues, a manipulação dos cortes especializados e o gradual aumento das condições financeiras da população o churrasco popularizou, respaldado ainda mais pelo advento das churrascarias rodízio e sua profusão de comida, um verdadeiro paraíso para os carnívoros e glutões.

* VOCÊ SABIA?
. A alcatra é o corte constituído das massas musculares entre o lombo e o coxão. Fica na parte final (traseira) do lombo do boi. O corte é obtido na parte anterior da articulação do cóccix, por separação à faca. A peça inteira da alcatra mede em média 80 centímetros e contém cinco tipos de cortes bem distintos em seu interior. As mais conhecidas e festejadas são a picanha, que virou sinônimo de churrasco, e a maminha, macia, suculenta (não para bifes) e ideal para assados e carne de panela. Retirando-as da alcatra sobra o miolo da alcatra, de onde se obtêm mais três cortes importantes. O mais nobre é o tender-steak, que pesa em média 150 gramas e existe apenas um por peça de alcatra. Sua retirada é estratégica, pois sem isso não se chega aos dois cortes do miolo de alcatra: baby-beef e o olho, carnes de sabor acentuado, que devem ser cortadas em bifes grossos (largura de dois dedos) antes de ir à grelha.

* RECEITAS
. Picanha no Avesso Recheada

Ingredientes:

1 picanha inteira pesando aproximadamente 1,8kg;

2 colheres (sopa) de sal grosso triturado;

½kg de linguiça de frango desfiada;

3 dentes de alho descascados e esmagados;

1 cebola média descascada e picada em fatias bem finas.

Modo de preparar:

Com uma faca fina, comprida e bem afiada, faça um corte no miolo da picanha, atravessando-a de lado a lado sem separar nenhum dos lados. Na verdade você vai abrir um “túnel” no miolo da picanha. Usando uma das mãos e trabalhando com muito cuidado para não “estourar” a peça inteira, vire a picanha pelo avesso: o “túnel” que você abriu com a faca vai virar a parte de fora, e a gordura vai ficar por dentro da peça. À parte, numa vasilha refratária ou de plástico, misture bem a linguiça de frango desfeita com o alho amassado e as fatias finas de cebola. Com essa pasta, recheie a picanha e prenda as extremidades com palitos de madeira. Envolva a picanha recheada em 6 voltas de papel celofane para churrasco, prenda bem e leve à churrasqueira a uma distância de 40 centímetros do braseiro forte durante 2 horas. Depois desse tempo, retire o celofane e volte à grelha durante mais 15 minutos de cada lado só para dourar. Fatie e sirva

. Panceta Grelhada

Ingredientes:

1kg de panceta de leitão numa única peça, limpa e com o couro;

1 copo americano de vinho branco seco;

1 cebola média descascada e cortada em fatias;

4 dentes de alho descascados e triturados;

1 colher (café) de sal; suco de 2 limões.

Modo de preparar:

Coloque a panceta numa vasilha, cubra com o vinho branco e deixe marinando até o dia seguinte na geladeira. Duas horas antes de assar, acrescente a cebola em fatias, os dentes de alho triturados e o suco dos limões, salpique com o sal dos dois lados da peça e devolva à geladeira. Na hora de assar coloque na grelha da churrasqueira com o lado do couro virado para baixo sobre o braseiro já bem formado, a uma distância de 40 cm das brasas, durante 40 minutos até o couro ficar bem crocante.

5 de mai. de 2009

...QUE SE SERVE FRIO

Com exceção do sorvete - que é bem uma unanimidade – e muitas sobremesas, são poucos os alimentos e comidas que de bom grado a maioria das pessoas come fria ou mesmo gelada. Claro, há obviedades como a maionese e o salpicão, que até por conta dos ingredientes é uma questão de segurança terem passado pela geladeira; porém outras saladas há que prefere comer à temperatura ambiente que antes refrigerada.
O paladar comum deve ser dar melhor com comidas quentes, a não ser naqueles momentos de fome extrema e desesperadora quando a geladeira é atacada e até alimentos os mais impossíveis de degustar frios são devorados assim mesmo, como feijão (ugh!), macarronada, frango ao molho, carne assada (dependendo do tipo e do preparo, vira uma pedra), strogonoff, feijoada e almôndega ao molho, entre outros. Mas sobremesas e gororobas a parte, na Gastronomia há uma infinidade de outros pratos e alimentos que são preparados e próprios para o consumo frio ou gelado mesmo, porém por poucos experimentados ou apreciados.
Gazpacho é um desses pratos. Para quem não sabe, trata-se de uma sopa fria de tomate, pimentão, pepino e temperos, refrescante, perfeita para os dias de calor. Pode ser servida de uma jarra, em belos copos ou taças enfeitados com talos de erva doce ou com tiras de cenoura, nabo ou aipo, para mexer e também comer. No campo das sopas e cremes outros sucessos frios são a vichyssoise, de origem francesa, preparada com batata, alho-poró, caldo de legumes e manteiga; e o borsch, de tradição russa, à base de beterraba, caldo de carne e creme de leite.
Em se tratando de frutos do mar, são muitos os pratos feitos com eles que necessariamente devem ser servidos frios, pela sua própria natureza de alta perecividade, como marisco ou polvo ao vinagrete, salada de lagosta, coquetel de camarão, ostras cruas... A cozinha japonesa também é bastante pródiga em pratos naturalmente frios, que o digam os sushis e sashimis aptos ao consumo imediato, sunamonos, conservas, algas e macarrões tipo o bifum, que dependendo do preparo são servidos até com um cubo de gelo!
Frango defumado, pouco consumido por ser ainda muito caro, também é outro alimento que pode ser retirado da embalagem e comido sem outras elaborações. E o que antes era sobremesa começa a aparecer em versões salgadas: se aspics e galantines já são velhos conhecidos na alta gastronomia, sejam preparados da forma original (com gordura de frango) ou com gelatina ou agar-agar, vem virando onda o consumo de sorvetes salgados, servidos como guarnição ou acompanhamento de outros pratos. Os chefs estão animados com as possibilidades e se esmerando nas criações, como sorvete de gengibre e wasabi, de palmito, de shoyo, de abacate e azeite, de tomate e pimentão, de manjericão e especiarias.
Será que esses sorvetes salgados vão se popularizar? Ou como outros tipos de comidas, ficarão restritos a um pequeno e seleto círculo de paladares sofisticados e afeitos a experimentações gustativas?

23 de abr. de 2009

MÃOS À LATA!

Elas estão por toda a parte, onipresentes, empoleiradas nas prateleiras dos supermercados e mercearias, organizadas nas despensas e armários das donas-de-casa: no mundo moderno, comidas e gêneros alimentícios em lata são de tal forma parte do dia-a-dia da humanidade que às vezes é quase impossível abrir mão da sua utilização. Dos prosaicos molhos de tomate e sardinha em óleo comestível até iguarias luxuosas como caviar beluga e foi gras, inúmeros são os alimentos encontrados acondicionados em lata. A embalagem, além de conservar a vida útil desses gêneros e facilitar o transporte para utilização e consumo é um tremendo quebra-galho para aquelas necessidades de última hora, como fornecedora de ingredientes para a realização de refeições rápidas ou de emergência.
Embora exista quem torce o nariz para os enlatados, muita dona-de-casa já foi salva por eles de verdadeiros sufocos alimentares, como o aparecimento de visitas inesperadas para a refeição. E se antes as pessoas tinham disposição e tempo para produzir bases elaboradas para o preparo de alimentos, hoje o que elas mais querem é rapidez e praticidade. Claro que se você puder, é ótimo fazer o próprio molho de tomate com o legume vermelho e suculento, ervas e temperos, horas e horas de fogo, processamento, etc. Restaurantes e chefs de gabarito não abrem mão disso, para o deleite de seus comensais. Porém na azáfama cotidiana contemporânea, muitas vezes a pessoa tem é que ainda se dar por feliz e agradecida pela possibilidade de ter por perto uma latinha de molho pronto para jogar sobre a massa cozida.
E convenhamos, há itens que denotam tanto trabalho ou técnicas para serem produzidos que não há como abrir mão de sua utilização prática para tentar prepará-los você mesmo. Exemplos? Leite condensado, pêssego em calda, atum, palmito, goiabada, etc., etc., etc. Tem muita coisa dispensável, obviamente, como salsicha e ervilha em lata, definitivamente insossos, pálidos, de sabor duvidoso. Hoje é tão fácil encontrar ervilha congelada, em preço bom, com cor e textura perfeita. Milho também seria de bom tom preferir o fresco, na espiga, mas aí entra a questão da praticidade de ter ele prontinho, limpo e à mão na lata para aquela receita de última hora.
Tem gente que despreza, mas confesso que a-do-ro sardinha em lata. Para um patêzinho rápido (também aprecio o de atum, com mostarda, cebola picadinha e salsa), em uma salada com rodelas de cebola roxa e limão, numa pop torta de liquidificador. É baixa gastronomia, confesso. Mas tão bom! Mesmo muitos pratos prontos são encontrados em lata, como cozidos, feijoada, carnes, sopas, ravióli... Nada impede que eles possam ser complementados na hora do consumo, com um legume a mais, um temperinho extra, uma guarnição de reforço. Alguns especialistas dizem que o “tempo de vida” dos alimentos enlatados é quase infinito e que a data de conservação é apenas uma referência, que se a lata estiver íntegra, sem ferrugem ou amasso, o consumo pode acontecer mesmo anos após o vencimento, porém isso é controverso e talvez seja melhor não arriscar.
Tem povos que são especialistas em produtos enlatados, como os portugueses e seus frutos-do-mar; os franceses enlatam queijos; numa visita a uma quitanda japonesa você poderá encontrar em lata, por exemplo, lichia, algas, quem sabe até sushi! Aliás, essa é uma boa maneira de entrar em contato com comidas estrangeiras ou nunca antes provadas. Pode mesmo virar uma diversão gostosa garimpar em supermercados e nas viagens alimentos enlatados para degustação nas refeições e lanches em família ou nos drinques e canapés com os amigos.

7 de abr. de 2009

Receitas

. Gazpacho Andaluz

Ingredientes
500 gr de tomate picado, sem pele, sem sementes;
4 dentes de alho;
2 colheres (sopa) de azeite;
1 pepino em pedaços pequenos;
1 unidade pimentão vermelho em pedaços pequenos;
quanto baste de sal;
quanto baste de vinagre branco;
200gr de croûtons;
quanto baste de gelo.
Modo de preparar
Amasse dois dentes de alho e o pão torrado, adicione azeite e amasse mais um pouco. Bata no liquidificador junto com os tomates. Acrescente sal, vinagre e água gelada, bata de 3 a 4 minutos. Acrescente os outros dois dentes de alho, o pepino, pedaços de pimentão, azeite e bata mais um pouco para misturar. Em uma panela coloque pedras de gelo e passe na peneira a mistura batida no liquidificador. Serva gelada.

. Borsch

Ingredientes
2 colheres (sopa) de suco de limão;
500 gramas de músculo picado grosseiramente;
2 talos de salsão picado grosseiramente;
3 beterrabas em cubinhos;
1 cebola picada grosseiramente;
1 cenoura picada grosseiramente;
250 ml de creme de leite;
1 folha de louro; 2 litros de água.
Modo de preparar
Colocar a água em uma panela de pressão com a folha de louro, o sal, o músculo, o salsão, a cebola e a cenoura. Levar ao fogo por 1 hora. Depois desse tempo, peneire o caldo para outra panela e juntar a beterraba com o suco de limão. Levar ao fogo até que a beterraba esteja bem macia. Retirar do fogo, misturar o creme de leite e processar. Juntar tudo e verificar o sal. Gele e na hora de servir decore com a salsinha picada ou galhinhos de dill.

24 de mar. de 2009

VORACIDADE

Foi-se o tempo, felizmente, em que o homem precisava matar com as próprias mãos a caça que viria a alimentar sua família. Com a domesticação de muitos animais palatáveis e a evolução humana, matar para comer tornou-se bem menos traumático – já que basta ir ao mercado para se abastecer de carnes de boi, frango, porco, peixe, carneiro..., todos cortadinhos e embalados de forma prática - e no caso dos bichos mais selvagens, desnecessário e até sob risco de prisão.
Porém, quem disse que com o surgimento das leis de proteção à fauna o homem teve de abrir mão de sabores mais rústicos, digamos, em se tratando de carne? Do mesmo modo que os animais de consumo domesticados, vários outros bichos têm suas carnes à disposição dos glutões de forma ordenada e limpa nos balcões refrigerados dos supermercados, açougues e empórios especializados. Quer coelho ou, quem sabe, lebre? Tem! Assim como a delicada codorna, pato, marreco, javali, perdiz, faisão. Todos prontos para o preparo. Em alguns casos nem é preciso temperar, e às vezes a codorna, o pato e o marreco já estão até recheados. É descongelar, tirar da embalagem, assar, comer.
Mesmo carnes ditas exóticas e de animais silvestres são encontradas em profusão, fornecidas por produtores autorizados pelos órgãos competentes. Avestruz, jacaré, capivara, nos cortes tradicionais de filé ou posta e como escalope, linquiça, carpaccio, hamburguer... . Confesso que tenho lá minhas restrições ao consumo de alguns desses bichos. Tipo, por que comer jacaré, animal horroroso que só pensar em atacar e morder? Já provei, tem realmente gosto de peixe. Mas se tem gosto de peixe, melhor não é comer peixe propriamente dito?
E o que dizer da fixação do Japão com a carne de baleia? Tadinho do grande mamífero, tão tranqüilo na imensidão do mar e de repente arpoado para virar filé ou carne em conserva. E os nipônicos ainda agem na contramão das decisões mundiais, que determinam a proibição da caça à baleia, driblando as normas sob a alegação de que caçam para fins científicos. Com tantos frutos do mar à disposição, querer devorar baleia é de uma gulodice assaz predadora, convenhamos.

RECEITA

. Coelho à caçadora

Ingredientes:
1 1/2kg de coelho cortado em pedaços;
sal e pimenta do reino quanto baste;
3 colheres (sopa) de óleo;
1 cenoura pequena picada fino;
1 cebola pequena picada;
1 talo de salsão picado;
1 dente de alho picado;
1 colher (sopa) de salsa picada;
1/2 xícara (chá) de vinho branco seco;
4 tomates médios e maduros picado grosso, sem pele nem sementes;
1 folha de louro;
200grs de cogumelo fresco inteiro;
1 xícara (chá) de caldo de galinha.

Modo de preparar:
Lave bem o coelho e enxugue com um guardanapo. Tempere com sal e pimenta do reino e deixe tomar gosto por alguns minutos. Aqueça o óleo e frite os pedaços de coelho, poucos por vez, até que fiquem dourados e crocantes por igual. Retire, escorra bem e reserve. Acrescente a cenoura, a cebola, o salsão, o dente de alho, a salsa, à gordura em que fritou o coelho e refogue, em fogo moderado e mexendo sempre, até que murchem. Coloque os pedaços fritos de coelho de novo na panela, e espere que fiquem bem quentes. Acrescente o vinho, regando uniformemente os pedaços de coelho, e mexa até que evapora, mantendo o fogo alto. Junte o tomate, o louro e os cogumelos à panela. Regue com o caldo e misture bem. Cozinhe por mais 15 minutos ou até que o tomate se desmanche.