21 de jul. de 2008

Arroz amigo



Talvez nenhum outro alimento seja unanimidade em tantas diferentes culturas quanto o arroz. Originário da Ásia, cultivado e consumido há pelo menos 5 mil anos, o arroz é tão fundamental que ainda hoje muitos povos alimentam-se quase que exclusivamente de arroz integral.

Os grãos foram introduzidos no Egito e na Itália pelos árabes e deram origem a diversas receitas. Da forma mais básica – só cozido na água sem sal – ou em preparos sofisticados – num risoto de fundo de alcachofras e presunto cru, por exemplo –, o arroz presta-se a inúmeros tipos de produção gastronômica. Pode ser branco e levemente avinagrado para fazer o sushi nipônico; úmido para acompanhamento dos saborosos cozidos indianos ricos em especiarias; colorido de açafrão e imerso na profusão de frutos-do-mar da paella; com açúcar, gemas e canela no delicioso arroz-doce.

Segundo informações, na América o arroz foi introduzido quando um navio castigado pelas tempestades chegou às docas de Charleston, na Carolina do Sul, e o capitão deu algumas sementes a um fazendeiro local. Do Cabo Verde vieram as primeiras sementes para o Brasil, a partir do século XVI, e foi da língua árabe que herdamos o nome desse grão, arruz. Nós brasileiros, aliás, somos ávidos consumidores de arroz na famosa combinação com o feijão. Nosso arroz é de um preparo simples, porém apetitoso: cebola e alho fritos no óleo, arroz lavado, sal; às vezes um caldo de carne, de legumes ou de galinha, uns cubinhos de cenoura, vagem picadinha, salsa... .

Delícia também é o arroz-de-carreteiro, substancioso prato com cebola, carne-seca, tomate e temperos, característico da culinária gaúcha, mas hoje consumido em todo o país. Arroz-de-forno era um prato que não podia faltar nas festas de antigamente, nos almoços dominicais e ceias de Natal. Era fundamentalmente o arroz branco já cozido acrescido de rodelas de ovo, de cenoura e de batata cozidos, azeitonas, cebola, ervilha e cheiro-verde, levado para dar uma rápida gratinada no forno com queijo parmesão ralado e bastante margarina. Margarina mesmo, pelo menos era assim que minha avó fazia.

Na China, a matéria-prima do risoto também era utilizada para fazer sorvete! E dependendo do tipo de grão e variedade, o arroz pode ser servido em saladas e entradas, sua farinha integra bolos, biscoitos e mingaus. Sem contar que pode ser até bebido, afinal não é o conhecido saquê feito com arroz fermentado?

* VOCÊ SABIA?

Cada grão traz características específicas, adequadas a um ou outro tipo de preparo:

. Arroz Vermelho: apresenta uma película vermelha em seus grãos;

. Arroz Basmati: especialidade indiana, esse tipo de arroz é perfumado e saboroso;

. Arroz Tailandês: também conhecido como Jasmim, apresenta aroma e textura macia;

. Arroz Selvagem: rico em nutrientes, pouco calórico;

. Arroz Japonês: conhecido também como Cateto, tem grande quantidade de amido e deve ficar de molho durante 1 hora antes de ser cozido;

. Arroz Arbório e Arroz Carnaroli: ideais para risotos;

. Arroz negro: curto e arredondado, coloração negra e textura macia. Sabor e aroma acastanhados;

. Arroz Agulhinha: é o arroz Branco Polido, o mais comum na culinária brasileira;

. Arroz Parboilizado: passa por tratamento em água fervente, quando os nutrientes são transferidos para a parte interna dos grãos.

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