9 de set. de 2008

PRETINHO AROMÁTICO

Uma das bebidas prediletas do brasileiro, o café também cada vez mais vem sendo aplicado na cozinha – e não só em pratos doces. Se na coquetelaria ele já é empregado em variados drinks e no Inverno implementa bebidas que aquecem, na Gastronomia o café se transforma em molhos, reduções, base de risotos, cremes, pode aromatizar e tonalizar massas e também dar mais cor e sabor a assados.
Na confeitaria o café tem usos quase infinitos: bala, torta, mousse, bombom, bolo, cobertura, glacê, recheio, brigadeiro, sorvete... . Um dos mais célebres doces com café é o tiramisù, que embora pareça uma palavra japonesa não tem nada a ver com a gastronomia nipônica. Sobremesa de criação recente, é uma variação do pavê francês originária de Veneza ou de Treviso, na Itália, e tem diversas variantes: alterna camadas de creme feito com mascarpone (queijo italiano banco e fresco) e zabaglione (sobremesa à base de gemas e vinho Marsala) com camadas de biscoitos champagne embebidos em café forte. Às vezes é acrescido vinho também ao biscoito. A finalização da sobremesa é feita com cacau polvilhado.
Na culinária salgada o café – sempre forte e sem açúcar – cai bem tanto para acompanhar carnes leves como peixes e aves quanto assados de mais personalidade como porco, cordeiro e caças. O café dá um toque especial ao risoto de funghi; usado para deglacear um fundo de assadeira ou caçarola em que se fez carne, vira um molho saboroso; pode ser reduzido com creme de leite, creme velouté ou beurre blanc e utilizado sobre delicados filés de linguado; e dar cor e sabor a massas frescas preparadas em casa, recheadas ou não.
Quem é louco por essa bebida escura e aromática pode assim gozar de uma refeição completa tendo-o como ingrediente, das entradas até o arremate do cafezinho final.

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